RAILWAY STATION , Cais do Sodré, Lisboa. Architect Porfírio Pardal Monteiro
1924-(1928)
Porfírio Pardal Monteiro realizou um conjunto de obras de linguagem 'Déco' que representam, por um lado, a forte influência que recebeu da viagem que fez a Paris, em 1925, em que visitou a 'Exposition des Arts Décoratifs et Industriels Modernes' e, por outro, o início da intervenção de artistas na sua arquitectura.
O arquitecto projectou em 1924 a Estação Ferroviária do Cais do Sodré, considerada à data da sua inauguração «o primeiro edifício que em Lisboa» se construiu «no estilo característico da arquitectura européia dos últimos anos.»
Estávamos em 1928.
Receber e transportar dignamente os passageiros que se dirigiam para o Estoril era o principal objectivo da empresa privada que encomendara o projecto, a 'Sociedade Estoril' que desde 1918 explorava a linha férrea de ligação entre Lisboa e o Estoril, e mais tarde Cascais. O velho logotipo aplicado nas carruagens tinha escrita uma única palavra: Estoril.
A Sociedade Estoril era administrada por Fausto de Figueiredo, investidor que Porfírio Pardal Monteiro conhecera na Caixa Geral de Depósitos e que o iria elogiar no discurso inaugural da Estação.
A ele se referindo como hábil arquitect pela sua notável competência e brio do seu desempenho.
Da estação partia um grande número de lisboetas para as praias do Estoril, dizendo-se que ela era o «termómetro do Cais do Sodré».
O desenvolvimento turístico do Estoril fora iniciado por Fausto de Figueiredo em 1914, tendo por base um extenso plano de urbanismo realizado pelo arquitecto francês Martinet.
Pretendia-se transformar a zona numa «estação marítima, climática, thermal e sportiva». O plano e respectivo programa contribuiu para a valorização do Estoril.
A ele se referindo como hábil arquitect pela sua notável competência e brio do seu desempenho.
Da estação partia um grande número de lisboetas para as praias do Estoril, dizendo-se que ela era o «termómetro do Cais do Sodré».
O desenvolvimento turístico do Estoril fora iniciado por Fausto de Figueiredo em 1914, tendo por base um extenso plano de urbanismo realizado pelo arquitecto francês Martinet.
Pretendia-se transformar a zona numa «estação marítima, climática, thermal e sportiva». O plano e respectivo programa contribuiu para a valorização do Estoril.
Quanto à Estação Ferroviária, possui na vizinhança dois edifícios cuja imponente escala se lhe sobrepõe, o Mercado da Ribeira, projectado em 1902 numa linguagem romântica, pelo seu professor, o arquitecto João Piloto, e o edifício do Serviço de Luta Anti-Tuberculosa projectado em 1905 pelo arquitecto Rosendo Carvalheira numa linguagem clássica.
Para além destes edifícios de viragem de século, ao seu lado foi construída recentemente uma nova estação de metropolitano, projectada pelos arquitectos Nuno Teotónio Pereira e Pedro Botelho. Este novo edifício, inaugurado em 1998, é uma forma cilíndrica minimalista, com presença discreta na paisagem urbana.
Situados numa zona ribeirinha da cidade de Lisboa, terreno alterado ao longo dos séculos com sucessivos avanços sobre o Tejo, a velha e a nova estação delimitam um espaço urbano que desde o aterro para a construção da Avenida 24 de Julho, aguarda nova intervenção urbana que o defina e valorize.
Para além destes edifícios de viragem de século, ao seu lado foi construída recentemente uma nova estação de metropolitano, projectada pelos arquitectos Nuno Teotónio Pereira e Pedro Botelho. Este novo edifício, inaugurado em 1998, é uma forma cilíndrica minimalista, com presença discreta na paisagem urbana.
Situados numa zona ribeirinha da cidade de Lisboa, terreno alterado ao longo dos séculos com sucessivos avanços sobre o Tejo, a velha e a nova estação delimitam um espaço urbano que desde o aterro para a construção da Avenida 24 de Julho, aguarda nova intervenção urbana que o defina e valorize.